Domingo com registo de 80 ocorrências
- De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, permaneciam ativas, esta noite, três frentes de incêndio no distrito de Vila Real, em Sirarelhos, Vila Cova e São Miguel de Pena. Pelo menos duas pessoas foram retiradas, a pedido da GNR, da aldeia de Pena. Trata-se de um casal de idosos;
- Estava igualmente em curso um incêndio em Arnóia, Celorico da Beira;
- Em fase de resolução estavam os incêndios de São Cibrão, em Vila Real, e Lindoso, em Ponte da Barca. Contudo, já perto das 23h00, o fogo ameaçava descer a montanha na direção de Lourido;
- Até as 17h30 deste domingo, foram registadas 80 ocorrências, das quais 26 tiveram início durante a noite. As operações de combate às chamas mobilizavam, ao todo, 1.598 operacionais.
Fogo à vista em Lourido
"Parecia que estava tudo mais calmo"
Habitantes na região, ouvidos em Gontães, manifestaram estranheza com as ignições noturnas.
Juntos Pelo Povo defende que Governo Regional envie bombeiros para Portugal continental
"O JPP considera que a Região Autónoma da Madeira, enquanto parte integrante do Estado português, deve demonstrar solidariedade nacional e capacidade de resposta articulada em situações de emergência", afirma o partido em comunicado.
O JPP justifica a sua proposta com "a gravidade da situação que se vive em Portugal continental, com tendência para um suposto agravamento face às condições climatéricas desfavoráveis, onde milhares de operacionais combatem diariamente múltiplas frentes ativas".
Incêndio de Vila Real rondou casas durante a tarde
- O fogo lavrou perto de casas em Vila Cova, no concelho de Vila Real. Foram os moradores que impediram, em alguns casos, que as chamas destruíssem habitações;
- Ao início da noite, o incêndio que deflagrou no sábado em Sirarelhos, Vila Real, lavrava em três frentes que, de acordo com a Proteção Civil, não causavam "dificuldade em termos de combate". Os meios estavam a ser reforçados no terreno, desde logo com mais um grupo de combate ampliado - GRUATA - da Força Especial de Proteção Civil;
- O segundo comandante sub-regional do Douro, José Requeijo, exlicava, num ponto de situação após as 20h00, que o incêndio com origem em Sirarelhos era, em Vila Real, o que suscitava mais preocupações. Os restantes dois, em São Cibrão e Arrabães, Torgueda, encontravam-se já em fase de conclusão;
- Portugal está desde as 0h00 de domingo em situação de alerta, por causa das temperaturas elevadas, e as autoridades admitem mesmo que o número de mortes aumente nos próximos dias;
- Está agravado o risco de incêndio. Em quase todo o país, vai estar entre risco elevado e máximo; esta segunda-feira, todos os concelhos do Algarve, do interior Centro e do norte de Portugal estão em risco máximo.
Reacendimentos em Paradamonte e Lourido
Sem a possibilidade de recurso a meios aéreos, teme-se um cenário de avanço das chamas durante a noite.
Em Paradamonte, ardeu uma casa.
Rotação de vento empurrou fogo de volta às casas
Foto: Cláudia Viana - RTP
José Requeijo confirmou que haverá três pelotões do exército em missão de vigilância em Sabrosa.
Um quarto dos incêndios da última semana começou à noite
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
Autarquia de Vila Real fala em ignições com origem criminosa
Foto: Cláudia Viana - RTP
Fogo ameaça casas
Incêndio mobiliza mais de 250 operacionais
O Município de Celorico de Basto assinalou, numa publicação nas redes sociais, que o local é "de muito difícil acesso e povoado de plantas invasoras".
"As temperaturas muito elevadas, com baixa humidade, tornaram o combate dos meios presentes no terreno muito difícil", acrescenta.
Segundo o porta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil estão no terreno 265 operacionais, apoiados por 80 meios terrestres e três meios aéreos.
Este incêndio deflagrou em Lourido, na freguesia de Arnoia.
Fogo volta a aproximar-se de casas
Autarca de Vila Real adverte para "danos incalculáveis"
"Aquilo que nós pedimos é que as autoridades, naturalmente, continuem a fazer o seu trabalho para punir aqueles que, de alguma maneira, estão a colocar em causa aquilo que é a nossa casa comum", acentuou o autarca.
"Depois de ter existido aqui alguma acalmia, o vento tem levado a que o incêndio se tenha propagado com alguma intensidade. Ele já entrou no território do concelho vizinho de Mondim, onde já estão também a ser posicionados alguns meios para facilitarem de forma articulada o combate", prosseguiu.
"Neste momento não temos habitações em perigo, continuam a não existir danos em casas ou vítimas, temos a lamentar a área florestal ardida e a produção agrícola", acrescentou Alexandre Favaios.
"Apesar de não estarem em causa aldeias", reiterou o autarca, "os danos são incalculáveis". "É um ataque claramente ao nosso concelho, ao nosso território".
Frente de incêndio preocupa moradores
Três frentes de incêndio
Esta é a ocorrência que mais preocupa o dispositivo de combate, composto por 180 homens, 53 viaturas e dez meios aéreos.
O incêndio já passou mesmo para Mondim de Basto.
Chamas afastam-se progressivamente da aldeia
Mais de 80% do baldio pode estar calcinado
Ouvido pela agência Lusa, o presidente do conselho diretivo de Vila Cova e Mascoselo, Carlos Manuel Lopes Dias, explicou que as chamas deflagraram pelas 23h45 de sábado em Sirarelhos, atingiram a área baldia e destruíram projetos em andamento.
Um desses projetos foi uma plantação de 1.500 pinheiros micorrizados - injetados com fungos para a produção de cogumelos.
De acordo com os dados do portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, cerca das 16h20 havia 168 operacionais, 48 viaturas e dez meios aéreos mobilizados para este incêndio, que lavra em quatro frentes.
O quadro do combate às chamas em Vila Real
Os repórteres da estação pública encontram-se também a acompanhar a situação em Vilarinho.
Evacuação parcial da aldeia de Vila Cova
- O vento forte impulsionou o incêndio que lavra na Serra do Alvão para a aldeia de Vila Cova. Por precaução, alguns moradores foram retirados. O presidente da Câmara Muicipal de Vila Real sublinha que os bombeiros foram posicionados para proteger as habitações;
- A noite foi complexa para o dispositivo que assegura o combate às chamas em Sabrosa. Dezanove idosos tiveram de ser retirados do lar de São Martinho de Anta;
- Está dado como dominado o incêndio que afeta há oito dias Ponte da Barca. Contudo, o dispositivo vai manter-se no local em trabalhos de rescaldo e vigilância. O fogo deixou mais de sete mil hectares de área ardida e fez desaparecer muito do pasto essencial para a sobrevivência do gado e dos animais selvagens;
- No último ponto de situação, o comandante das operações em Ponte da Barca assinalou que já não há povoações em risco. Ilísio Oliveira explicou por que razão decidiu manter no terreno todo o dispositivo, incluindo os meios aéros;
- Pelas 14h30, mais de 1.980 operacionais, apoiados por 616 meios terrestres e 22 meios aéreos, combatiam um total de 90 incêndios em Portugal continental, destacando-se o fogo de Vila Real, segundo o portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil;
- Em Vila Real, eram assinalados como "ocorrências significativas" três pontos de fogo em Pena, Quintã e Vila Cova. Quase 150 operacionais, apoiados por 40 meios terrestres e 13 aéreos asseguravam o combate às chamas.
Restrições em Coimbra. Choupal e Vale de Canas fechados até domingo
Foto: Inês Moreira Santos - RTP
Festa sem fogo-de-artíficio. Já é tradição em Roque
Peneda-Gerês. Arderam mais de sete mil hectares
Ponte da Barca. Voluntários distribuíram água e feno na serra
Foto: José Pinto Dias - RTP
Incêndio de Sabrosa. São Martinho de Anta viveu noite de aflição
Dominado fogo em Ponte da Barca mas ainda com vigilância
A situação pode, no entanto, alterar-se perante as condições existentes, "nomeadamente as condições meteorológicas".
Continuam no terreno 530 operacionais, apoiados por 163 veículos e quatro meios aéreos a controlar as operações.
Três frentes ativas em Vila Real
Fase de consolidação. Quase dominado incêndio em Sabrosa
Houve três habitações devolutas que ficaram danificadas e quanto à evacuação do lar de Sabrosa, o comandante explicou que foi por precaução.
Vento forte aproxima fogo da aldeia de Vila Cova em Vila Real
"Houve uma propagação muito rápida, influenciada pelos fortes ventos que se fizeram sentir. Neste momento os meios estão posicionados para proteger as casas nas imediações da aldeia. Vamos acompanhar a evolução deste cenário", afirmou Alexandre Favaios à agência Lusa.
O autarca repetiu que o vento forte que se faz sentir na serra do Alvão está a dificultar o combate e adiantou que foi pedido, de forma preventiva, a alguns residentes para saírem das casas mais próxima da área florestal.
Este fogo começou pelas 23:34 de sábado na zona de Sirarelhos e evolui para a zona de Gontães e Vila Cova e, segundo a Proteção Civil, para o local estão mobilizados 114 operacionais, 32 viaturas e oito meios aéreos.
Carlos Manuel Lopes Dias, do conselho diretivo de Vila Cova e Mascoselo, disse estar preocupado com o incêndio que se aproximou da aldeia, salientando que a floresta "está a ser completamente destruída".
"Destrói tudo quanto nós construímos", salientou, explicando que se trata de uma área mista, com muito pinhal, na qual tem sido feita um grande investimento, pelo que pediu ajuda do Governo.
Fogo de Siralhelhos em Vila Real lavra em pinhal e é o que mais preocupa
Alexandre Favaios, que falava aos jornalistas em Gontães, na serra do Alvão, pelas 11.00, disse que este é o fogo, dos três que tiveram início no concelho no sábado -- Sirarelhos, Torgueda e São Cibrão - que mais preocupa.
"Temos aqui uma mancha florestal com algum significado, é um trabalho muito difícil, por isso mesmo uma palavra de gratidão para a quantidade de homens e mulheres que durante esta noite estiveram a trabalhar de forma abnegada para que tudo, pelo menos até agora, tenha corrido bem", apontou.
Alexandre Favaios referiu que, neste momento, "não há aldeias, nem pessoas, nem bens em risco".
A ocorrência, que começou em Sirarelhos pelas 23:45, mobiliza 110 operacionais, 30 viaturas e sete meios aéreos.
"Aquilo que estamos a verificar é um aumento de meios, esperando naturalmente conseguir debelar esta frente que nos preocupa", acrescentou.
Este está a ser, explicou, "um trabalho muito difícil", com os "meios aéreos a fazer trabalho complementar com o trabalho de sapador que está a ser feito no terreno".
Questionado sobre as dificuldades no combate ao fogo, destacou "o próprio terreno e densidade da mancha florestal que leva a uma propagação com maior intensidade" e por isso, realçou, "este trabalho entre os meios terrestres e os meios aéreos".
Um outro fogo na zona de Arrabães (Torgueda) está, segundo o presidente, em "fase de consolidação e não inspira grande perigo", mobilizando 90 homens e 25 viaturas.
No concelho mantém-se ativo um terceiro incêndio, que teve início em São Cibrão, no sábado, mas que se propagou a Sabrosa, onde se desenvolveu com maior intensidade e preocupação, estando no terreno 278 operacionais, 91 viaturas e quatro meios aéreos.
"As necessidades são muitas, todos nós gostaríamos de ter muitos mais meios no terreno, mas nesta perspetiva solidária tentar perceber aquilo que é a gestão mais ponderada destes mesmo meios", referiu Alexandre Favaios.
Portugal continental está, entre hoje e quinta-feira, em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou hoje a ministra da Administração Interna.
"Face ao agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural, o Governo decidiu declarar situação de alerta em todo o território continental", afirmou Maria Lúcia Amaral, numa declaração ao país, sem direito a perguntas.
A situação de alerta entrou em vigor às 00:00 de hoje e prolonga-se até às 23:59 de quinta-feira.
Incêndio de Ponte da Barca "está dominado"
O fogo ainda não foi completamente extinto, mas segundo o comandante Elísio Oliveira, já não deve sair do perímetro já atingido.
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Dois incêndios em Vila Real mobilizam 10 meios áereos
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio em Torgueda, que começou às 19:49 de sábado, mobilizava 113 operacionais, 30 viaturas e quatro meios aéreos.
Para o outro fogo, que começou em Sirarelhos pelas 23:45, foram ativados 104 operacionais, 26 viaturas e seis meios aéreos.
O comandante dos bombeiros da Cruz Branca de Vila Real, Orlando Matos, disse à agência Lusa que os dois fogos estão a causar preocupações e estão com pontos muito quentes, desenvolvendo-se em áreas de mato e de pinhal.
No fogo que começou em Torgueda o receio é que ele avance em direção às aldeias de Granja e Bisalhães, localidades onde estão a ser posicionados meios de combate.
O fogo que tive início em Siralhelhos tem duas frentes ativas, uma das quais lavra em pinhal em direção a Gontães.
Orlando Matos referiu que os incêndios possuem uma grande extensão.
No concelho de Vila Real mantém-se ativo um terceiro incêndio, que teve início em São Cibrão no sábado, mas que se propagou a Sabrosa, onde se desenvolveu com maior intensidade e preocupação, estando no terreno 284 operacionais, 99 viaturas e dois meios aéreos.
Fogo em Sabrosa mais controlado mas ainda há risco de reacendimentos
Segundo o Segundo Comandante Sub-regional, ainda há vários pontos quentes onde possam surgir reacendimentos, o que ainda gera preocupação às autoridades.
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Lar em Sabrosa teve de ser evacuado
António Araújo explicou à RTP que as chamas chegaram ao muro de uma creche, mas foi possível evitar danos.
Fogo em Sabrosa com uma frente e 80% do perímetro dominado
"Neste momento temos um cenário bastante favorável, conseguimos ter trabalho muito eficaz das equipas durante a noite, apoiadas também com quatro máquinas de rasto que fizeram a consolidação de grande parte do perímetro", afirmou José Requeijo, num ponto de situação feito pelas 08h00 deste domingo.
Segundo o comandante, esta manhã "ainda há alguns pontos quentes" e uma linha de fogo a arder com média intensidade" e "com difícil acesso".
"Que nos preocupa, agora com o aumento das temperaturas, mas que está, digamos, sob o nosso domínio neste momento. Estamos também a aguardar a chegada de reforço de médios aéreos, que estão pedidos, para consolidar e extinguir pontos quentes com maiores dificuldades de acessos dos meios terrestres", afirmou o comandante.
No combate a este fogo estão 102 veículos e 294 operacionais.
Em São Martinho de Anta, o fogo alastrou muito rapidamente ao início da noite e ameaçou muitas casas, pelo que a noite foi de sobressalto.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 14h23 de sábado, em São Cibrão, Vila Real, prosseguindo para Sabrosa onde se aproximou de várias localidades, como Anta, Garganta e São Martinho de Anta, onde foram retirados 19 utentes por precaução, os quais regressam esta manhã ao edifício.
C/Lusa
Cinco distritos de Portugal continental em alerta vermelho devido ao calor
Os distritos de Bragança, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga vão estar sob aviso vermelho entre as 06:00 de segunda-feira e as 18:00 de terça-feira, de acordo com o IPMA.
Entre as 09:00 de hoje e as 06:00 de segunda-feira, estes cinco distritos estão sob aviso laranja e, até lá, está acionado o alerta amarelo.
Ainda de acordo com o IPMA, os restantes distritos estão com avisos laranja e amarelo, variando nos dias entre hoje e terça-feira.
Os quatro principais incêndios a lavrar em Portugal continental estavam por volta das 04:45 a ser combatidos por 978 operacionais apoiados por 325 viaturas.
De acordo com o portal da ANEPC, a essa hora, no fogo de Ponte da Barca encontram-se 523 operacionais auxiliados por 174 meios terrestres, nos dois de Vila Real (Torgueda e São Cibrão) estavam um total de 386 operacionais e 128 veículos e no de Celorico de Basto 69 operacionais apoiados por 23 meios terrestres.
Estes são os maiores fogos incluídos pela Proteção Civil na lista de incêndios rurais em curso (ainda não dados como dominados/em resolução) de entre as denominadas "ocorrências significativas", assim descritas pela duração ou pelo número de meios envolvidos.
Ponto de situação
- Portugal continental entrou à meia-noite deste domingo em situação de alerta, que se prolonga até às 23h59 de quinta-feira, “face ao agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural”.
- Todos os concelhos dos distritos Bragança, Viseu, Castelo Branco estão hoje sob risco máximo de incêndio, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
- Em Ponte da Barca, o incêncio continua por dominar. No terreno, estão mais de 500 operacionais num combate que dura há mais de uma semana. No sábado, chegou a haver esperanças de que seria possível acabar com as chamas, mas as circunstâncias mudaram. Por volta da meia-noite, o comandante da proteção civil antecipava uma noite difícil, de muito trabalho e com as equipas já bastante exustas.
- Foi uma noite de grande aflição em São Martinho de Anta, em Sabrosa. As chamas estiveram junto da aldeia, ameaçaram casas e um lar teve de ser evacuado. Cerca de 300 operacionais combatem o fogo que começou em São Cibrão, Vila Real. E três bombeiros ficaram feridos sem gravidade.